terça-feira, 25 de abril de 2017

Família e religião são valores fundamentais da sociedade brasileira

Pesquisa mostra que o antítodo para a crise moral da sociedade é foco na fé e na vida familiar

Uma pesquisa recente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, tentou identificar as mudanças na sociedade nos últimos anos, que resultaram, entre outras coisas, no declínio do apoio a bandeiras consideradas “de esquerda”.

Entre as conclusões, o estudo aponta que, para maioria dos entrevistados, a crise ética da sociedade não é um problema apenas estrutural, mas de ordem individual em função da presença excessiva de famílias desestruturadas. A solução para isso passa pela educação no âmbito privado.

O material da Fundação Perseu Abramo indica que, para a maioria “o antídoto para a crise moral da sociedade: é necessária para a construção de uma sociedade mais correta, sem violência, sem corrupção, mais desenvolvida, com pessoas de caráter, honestas”

Além disso, a religião é considerada “central” na vida dos entrevistados. Isso pode ser identificado pelo fato de a religiosidade ser algo muito presente no discurso das pessoas. O crescimento na adesão às igrejas evangélicas, especialmente as neopentencostais, apenas confirma as tendências identificadas no CENSO de 2010.

Segundo o professor da Unicamp, Márcio Pochmann, “A igreja se reconstrói para estar mais próxima e disponíveis aos fiéis para ajuda-los na orientação do seu dia a dia, da sua família, na prestação do serviço”.

O sociólogo Gabriel Feltran, coordenador de Pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Núcleo de Etnografias Urbanas do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento afirma há uma mudança nas camadas mais pobres, influenciado pela questão religiosa.

“É um voto que concebe o mundo a partir da proximidade, da relação pessoal, da confiança na ética do candidato, um voto próximo e moral. Que por isso sempre esteve muito próximo das igrejas, espaços altamente politizados. E sabemos que a expansão pentecostal é muito mais conservadora que progressista, ao contrário das comunidades de base católicas”.

Já a doutora em filosofia Débora Antunes sublinha que esta mudança de percepção de “valores em cenários pós-crise não surpreende e se fez presente em vários momentos da história”.

Em resumo, a sociedade brasileira continua tendo um perfil mais conservador, ainda que seja bombardeada diariamente pela mídia e grupos políticos sobre a necessidade de um maior liberalismo nos costumes. Essa resistência à mudança é fruto, majoritariamente, de uma percepção de valores baseados na ética judaico-cristã.

Com informações O Povo

Missionários muçulmanos chegam ao Amazonas

Grupo de paquistaneses percorre cidades para divulgar sua religião

Nesta semana começaram a circular pelas redes sociais imagens de um grupo de “missionários” islâmicos, que estariam percorre cidades do Amazonas para divulgar sua religião.

A afiliada do SBT do Amazonas mostrou em reportagem que oito muçulmanos estão na pequena cidade de Iranduba, na região metropolitana de Manaus. Como era esperado, despertaram a curiosidade da população local.

O site local, “Em Tempo” entrevistou o empresário Mahmoud Mouas, que faz parte da diretoria do Centro Islâmico do Amazonas. Ele afirmou que esses muçulmanos são paquistaneses e fazem parte de um grupo de divulgação religiosa. O objetivo seria visitar comunidades muçulmanas em várias cidades brasileiras.

“São pessoas pacíficas, que apenas estão fazendo trabalho de divulgação da fé”, garantiu.

A presença de missionários e pregadores islâmicos não é novidade em grandes cidades, onde existem mesquitas. Contudo, chamou atenção o fato deles estarem no interior do país, especialmente por ocorrer poucos dias após a aprovação do Projeto de Lei 2.516/15, que cria a Lei das Migrações.

Para muitos, a nova legislação irá abrir demasiadamente as fronteiras do país, pois oferece aos estrangeiros uma inédita condição de igualdade com os nacionais.

terça-feira, 11 de abril de 2017

“Lúcifer é o primeiro empreendedor de todos os tempos”, diz Leandro Karnal

Filósofo ateu lança livro querendo fazer teologia

Um dos queridinhos da mídia no Brasil, o historiador e filósofo Leandro Karnal tem quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Além de professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), escreve livros e artigos para jornais e revistas.

Seu novo livro, “Pecar e perdoar” é o relançamento da obra escrita em 2014, onde ele tenta usar a Bíblia como fio condutor de uma reflexão sobre o julgamento. Curiosamente, Karnal é ateu e ativista do ceticismo humanista.

Em entrevista ao jornal O GLOBO, ele defendeu que “De longe o demônio é o anjo mais interessante”. Para ele, “o demônio, o erro e o desvio são muito mais sedutores… Nós gostamos dos rebeldes. Nós gostamos de quem quebra a regra”. Reconhece ainda que “Nós temos uma sedução profunda pelo mal”.

No livro, a exemplo do que faz em palestras pelo país, apresenta uma análise positiva sobre Lúcifer, afirmando que vivemos “tempos luciferinos”. O filósofo travestido de teólogo insiste que o Diabo “ é o primeiro empreendedor de todos os tempos porque saiu da caixinha… Sem a infração de Lúcifer, assim como a de Adão e Eva, não haveria História. O mundo seria perfeito, com anjos no paraíso”.

Ele ensina também: “O que criou a História do mundo foi a rebeldia, as quebras do padrão e das estruturas. Todas as vanguardas, sem exceção, são assim”.

Na obra, onde ele faz extensivas menções à Bíblia, sublinha: “deveríamos reconhecer que somos filhos de Deus e do Diabo”. Em outro momento diz que Deus o Diabo são “duas facetas da mesma moeda”.

As posições políticas esquerdistas de Karnal são conhecidas. Mas ele parece estar muito interessado ultimamente falar sobre teologia, embora não creia na Bíblia.  Ex-católico e jesuíta, ele afirmou na televisão no ano passado que “eu não tenho fé e não acredito na existência de uma entidade [Deus]”.


sábado, 1 de abril de 2017

42 cristãos paquistaneses preferem morrer a negar sua fé

Governo tenta impor conversão ao Islã em troca de liberdade

Um grupo de 42 cristãos está preso desde maio de 2015, acusados de terem matado dois muçulmanos. Eles são acusados de terem cometido o crime após dois terroristas ligados ao Talibãs terem bombardeado igrejas no bairro Youhanabad, de maioria cristã, na capital Lahore.

Não há provas do envolvimento desses homens, mas o promotor do caso lhes fez uma proposta recentemente que causou revolta.

Syed Anees Shah, que cuida da promotoria junto ao tribunal antiterrorismo de Lahore, garantiu ser capaz de “assegurar sua libertação se eles se convertessem ao Islã”. Nenhum dos cristãos presos aceitou a proposta, mesmo sabendo que podem ser mortos por enforcamento.

Agora, líderes religiosos e ativistas cristãos pedem medidas do governo contra o promotor Shah, por ter claramente comprometido a ideia de neutralidade no caso. Embora tenha negado em um primeiro momento, o agente público confessou a um jornal britânico que tentou dar “uma chance de absolvição” aos prisioneiros.

O advogado de defesa dos 42 cristãos, Naseeb Anjum, afirmou à imprensa que essa foi a segunda tentativa de fazer os suspeitos mudarem de religião, o que teria um efeito profundo na pequena comunidade cristã do país. Cerca de seis meses atrás uma oferta em termos semelhantes foi apresentada. Contudo, foi igualmente rejeitada por todos.

“Nosso governo deve se livrar de tais elementos que trazem má fama ao Estado com atos como esse”, disparou Anjum. Uma organização britânica que tenta ajudar os cristãos presos declarou que essa é mais uma prova que os “extremistas” islâmicos estão infiltrados em todas as áreas do governo.

O Paquistão possui uma das mais rígidas leis “antiblasfêmia”, que prevê penas pesadas e até a morte a quem ofender ou abandonar o islamismo. O caso mais emblemático é da cristã Asia Bibi, que está há sete anos na prisão por supostamente ter ofendido a Maomé. Ela nega.

O advogado cristão Nadeem Anthony, que cuida do caso dela, afirmou que tempos atrás Bibi recebeu uma proposta de se converter em troca da liberdade. Mesmo sabendo que ainda poderá morrer por causa da acusação, respondeu: “Minha fé é viva e jamais me converterei”.

As conversões forçadas são um grande problema no país. Organizações paquistanesas de defesa dos direitos humanos calculam que, a cada ano, cerca de mil mulheres cristãs e hindus são forçadas a se converter por terem se casado com homens muçulmanos.

O último “Relatório sobre minorias religiosas no Paquistão”, indica que a maioria delas foi obrigada a se casar após terem sido estupradas pelos homens que agora são seus maridos. Com informações de Independent